quinta-feira, 15 de novembro de 2012


Construção de uma notícia

Título: Cinco noites ao relento por não pagar a renda
Quem: Leonor, marido, sogra e um cunhado
O quê: Dormir cinco noites ao relento
Onde: Calendário
Quando: Dia 13
Porquê? O atraso do pagamento de renda
Como? Não pagavam a renda

Cinco noites ao relento por não pagarem a renda
 Uma família dormiu cinco noites ao relento, a semana passada, em Calendário. Quatro pessoas, entre os quais uma mulher grávida, foram despechados da casa onde viviam, na segunda-feira, dia 13, pelo senhorio por não pagarem a renda a cerca de dois anos.
Na casa onde vivia Leonor, de 19 anos, grávida de 5 meses, o marido, a sogra e um cunhado. Somente o marido trabalhava e a sogra recebe uma reforma de 243.86€. Segundo contou Leonor ao DICA, que era sogra quem pagava a renda, mas em Fevereiro passado aperceberam-se que não o fazia.
Depois de avisos pelo senhorio, o casal diz que tentou um acordo para pagar a dívida, cerca de 900€, mas o senhorio não terá aceitado. Continuaram contudo a viver na casa, sem pagar a renda.
Em inicio deste mês a família recebeu uma carta de despecho, que se concretizou na segunda-feira, embora Leonor duvide com a legalidade que foi feito. “ Não veio juiz, nem GNR, nem delegado de saúde, foi o próprio senhorio que fez o despecho e acho que é um abuso. Chegou aqui e pôs as nossas coisas cá fora”.
A família ficou com os poucos bens que tinham no quintal da casa, e foi ai, junto à garagem, que dormiram nas cinco noites seguintes. “ Foi horrível: fome, dores nas costas, frio, uma miséria”, resume Leonor que nunca tinha “ passado por tanta vergonha”.
Foi, de resto, Leonor quem pôs mãos à obra e foi pedir ajuda à Segurança Social, primeiro à delegação de Areias e depois em Arcozelos. A iniciativa trouxe resultados e na quinta-feira de tarde, foi quando os serviços sociais garantiram numa residencial em Junqueira, onde ficaram realojados provisoriamente, tendo em conta a gravidez de Leonor.
“ Estou feliz, houve alguém que nos deitou a mão”, comentava Leonor com ar de alívio. Mesmo assim o casal disse que esta solução era provisória. “ Tenho que arranjar uma casa e eu até já tenho uma em vista, vamos ver se conseguimos uma renda barata.”, perspectivava a jovem, já mais tranquila por saber que tinha um tecto para dormir.

                                                                                      
                                                                             10 de Novembro 2012


Minha querida Rosa,


  Antes de mais, quero que me perdoes por me ter ido embora… tu magoas-te me muito… contudo, perdoa-me! Devia ter descoberto todo o carinho que escondias por detrás das tuas manhas, não fui capaz de entender nada...
  Estou a morrer de saudade da minha vaidosa, manhosa e lindíssima rosa que cultivei e vi crescer no nosso planeta.
  No entanto, com esta separação apercebi-me o quão importante és para mim! Aprendi tanta coisa que te irei contar, quando nos reencontrarmos…
  Durante a minha viagem
, o destino que mais me marcou foi o Planeta Terra. Encontrei um senhor muito interessante, que era piloto que também me acompanhou e protegeu durante a viagem. Sabias que ele teve uma avaria no motor em pleno deserto do Saara?!

  Descobri uma simpática raposa que me pediu que a cativasse. Pedi para que me explicasse o que queria dizer cativar, já que não tinha conhecimento de tal palavra. Mal recebida a explicação, lembrei-me imediatamente de ti, pois tu cativaste-me!
  A raposa mostrou-me centenas de rosas parecidas a ti, todavia nenhuma te superava, porque eram vazias, não eram tão importantes, não perfumavam e não me davam a luz que tu me dás!
  Antes de terminar
,
ainda me contou um grande segredo " o essencial é invisível aos olhos" e " só se vê bem com o coração". Passa a ser o nosso segredo!!
Espero que estejas à minha espera, pois irei tratar de ti para sempre!   

Um beijo


                                                                                                           Principezinho