sábado, 5 de março de 2011

Visita de estudo a Guimarães

VISITA DE ESTUDO A GUIMARÃES
Por volta das 9:oo, no dia 16 de Fevereiro de 2011, a E.B.I de Arnoso Santa Maria conduziu os alunos que frequentavam o 7º ano de escolaridade a Guimarães. 
 Em primeiro sítio visitamos o “ Mundo dos Dinossauros”, iniciou-se num estúdio de cinema onde foi projectado um vídeo e documentários impressionantes sobre dinossauros. Nós fomos encaminhados a Galeria de Fósseis, os visitantes são recebidos num cenário de escavação paleontológica, numa recriação fantástica do ambiente de laboratório e trabalho de campo de uma paleontologia. Neste espaço foi apresentado o fóssil de um Yangchaurus com 10 metros. Seguiu-se, depois, a visita aos cenários que recriam florestas, desertos, bordas de rio, cachoeiras e zonas de vegetação densa, numa conjugação de elementos e despertar de sentidos.
Os Dinossauros
Extintos há milhões de anos, os dinossauros dominaram o planeta como criaturas imponentes e demolidoras. Os primeiros fósseis descobertos no século XIX pelos paleontólogos permitiram reunir esqueletos completos que hoje integram as mais ricas colecções de muitos museus em todo o mundo. Figuras incríveis, os dinossauros continuaram a ser as maiores atracções não só nos museus mas também em exposições como esta que o Multiusos de Guimarães lhe apresenta. Portugal é um país com grandes tradições na descoberta e preservação de fósseis de dinossauros e conta-se entre os países do mundo que apresentam o maior número de géneros de dinossauros ( um total de 25).

Em segundo sítio íamos deslocarmos a Penha de teleférico porém o clima não ajudou, dado que estava muito vento e chuva. Em alternativa, fomos de autocarro a Penha.
Por fim visitamos o Museu de Alberto Sampaio situado em pleno coração do centro histórico de Guimarães, Património Cultural da Humanidade desde Dezembro de 2001. Acolhe colecções de grande interesse, de que destacamos a ourivesaria, a escultura, a talha, a pintura, o têxtil e a cerâmica. O Museu possui doze peças classificadas como Tesouros Nacionais, destacando-se, entre estas, a veste militar, «loudel», que D. João I envergou durante a batalha de Aljubarrota, em 1385, e o tríptico de prata dourada por ele  oferecido a N.a Sra da Oliveira. O museu estende-se por três espaços que pertenceram à Colegiada: a Casa do Cabido, o Claustro e a Casa do Priorado. O Claustro é um caso único na arquitectura portuguesa, quer pela implantação em torno da cabeceira da Igreja, quer pela sua forma irregular.
Primeiramente, caminhámos até uma sala onde vimos um teatrinho de Marionetas: Como D. João I tomou a Vila de Guimarães. No teatrinho de Marionetas contaram-nos que Fernão Lopes, cronista de D. João I, contou, com todo o pormenor, na “Crónica de D. João I”, o modo como este monarca, em 1385, tomou Guimarães. Nessa época, Guimarães tinha duas viloas, a Vila de Baixo e a Vila de Cima, e ambas apoiavam o rei de Castela e D. Beatriz. D. João I, empenhado em conquistar Guimarães para a sua causa, decidiu tomar primeiro a Vila de Baixo. A estratégia que utilizou foi de grande engenho e astúcia, tendo contado para isso com a ajuda de Afonso Lourenço, escudeiro vimaranense. Percebeu, este episódio que foi encenado e dramatizado neste teatrinho de marionetas.
No Museu Aberto Sampaio tem uma sala muito marcante que tem um nome designado a oferta que D. João I, em 1385, a sala da Aljubarrota, visto que, há museus que guardam no seu âmago peças de elevado valor artístico, mas é difícil encontrar agrupadas num só museu um conjunto tão significativo de peças como as que aqui se reúnem, as quais possuem um elevador valor estético, histórico e afectivo.
A sala de Aljubarrota do Museu Alberto Sampaio é disso um exemplo. O conjunto de peças nela exposta – Virgem em Majestade (séc. XIII), conhecida por Santa Maria de Guimarães; loudel de D. João I; Tríptico de prata dourada; placa de edificação e sagração da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (de, respectivamente, 1387 e 1401) – é um manancial de histórias, de «estórias» e de lendas que despertarão a curiosidade e a admiração do visitante.
Saibam desde já que o rei D. João I era um crente fiel e dedicado a Santa Maria da Oliveira, de Guimarães. A esta Santa atribui e dedica este rei da Dinastia de Avis o ter vencido a batalha de Aljubarrota, travada contra os castelhanos. E tanto assim é que a ele ofereceu o loudel (a veste militar) que envergava na referida batalha, corria o ano de 1385, e o tríptico de prata dourada, altar portátil que representa o Nascimento do Menino.
Esta sala e estas peças são de tal forma simbólicas que é mesmo preciso ir ao museu, em corpo e em alma, para se perceber do que falamos. Esta sala, e fazemos nossas as palavras de José Saramago «merece todas as visitas» e, sinceramente, esperamos que «o visitante faz jura de cá voltar de todas as vezes que vem Guimarães estiver»!