terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Uma história de Natal

Era uma vez um menino que se chamava Rafael.
Um dia ele ouviu o pai a falar com a mãe, que iam preparar uma festa para festejar o Natal.
O Rafael pensou logo em convidar o seu grande amigo João, que vivia numa barraca, numa zona muito pobre junto de um rio.
Como o seu amigo não tinha telefone teve de ir à casa dele.
Quando lá chegou perguntou:
- Está alguém em casa? - e ninguém respondeu.
Então ele decidiu entrar, e o João estava lá dentro.
- Então João, porque é que não respondeste?
- Porque estava distraído.
- Ah! Olha eu vim aqui, para te convidar para ires lá a casa passar o Natal.
- Não posso.
- Então porquê?
- Porque a minha mãe está doente.
- O que é que ela tem?
- Tem uma gripe muito forte.
- Ah! Mas se ela tomar um bom remédio, de certeza que vai ficar boa.
- Isso já eu pensei, mas eu não tenho dinheiro para ir ao médico nem à farmácia.
- Eu vou pedir aos meus pais.
- O Rafael foi ao carro e perguntou aos pais:
- Pai, podes emprestar dinheiro ao João, para ele ir comprar os remédios para à mãe?
- Está bem, eu empresto.
- Obrigado, pai, eu adoro-te. Vou já contar ao João.
Então o João foi comprar os remédios e a mãe ficou boa.

No dia de Natal o João e a mãe foram lá a casa do Rafael e festejaram o Natal todos juntos.
Só é pena, que todas as crianças não tenham um Natal assim nem um amigo como o Rafael.

A Joana e o menino perdido

Numa manhã de Dezembro muito fria, a Joana acordou e estava a nevar.
Levantou-se, vestiu-se à pressa e foi brincar para a rua muito contente e feliz.
De repente olhou e viu um menino a chorar.
- Porque estás a chorar?
- Porque eu tenho frio, não tenho comer e ninguém me quer.
- Não estejas triste. Vem comigo, que eu dou-te comer, dou-te roupa e ficas na minha casa para sempre. Eu vou pedir à minha mãe para ficares lá a dormir. Os dois meninos dirigiram-se para casa da Joana e falaram com os pais. Eles disseram logo que ficavam com o menino.
- A tua mãe é muito simpática e o teu pai também. Eles deixam-me ficar na tua casa. Que bom!
E o menino ficou com a Joana e passou o Natal mais feliz da sua vida.
                A Joana e o menino perdido

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Alice Vieira

Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente livros tendo, actualmente editados na Caminho, cerca de três dezenas de títulos.
Recebeu em 1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa e, em 1983 com Este Rei que Eu Escolhi, o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Recentemente foi indicada pela Secção Portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People) como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen. Trata-se do mais importante prémio internacional no campo da literatura para crianças e jovens, atribuído a um autor vivo pelo conjunto da sua obra.
Alice Vieira é hoje uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projecção nacional e internacional. Várias das suas obras foram editadas no estrangeiro.

Bibiliografia de Sophia de Mello Breyner Andresen

1919 – Nasce a 6 de Novembro no Porto, onde passou a infância. Aos 3 anos, tem o primeiro contacto com a poesia, quando uma criada lhe recita A Nau Catrineta, que aprenderia de cor. Mesmo antes de aprender a ler, o avô ensinou-a a recitar Camões e Antero.
1926 – Frequenta o Colégio do Sagrado Coração de Maria, no Porto, até aos 17 anos. Primeiro semi-interna, depois externa. Tem professores marcantes, como a D. Carolina (de Português). E, apesar da pouca estima por disciplinas como Matemática e Química, nunca chumbou. Aos doze anos escreve os primeiros poemas. Entre os 16 e os 23 tem uma fase excepcionalmente fértil na sua produção poética
1936 – Estuda Filologia Clássica, na Faculdade de Letras de Lisboa, mas não leva a licenciatura até ao fim. Três anos depois, regressa ao Porto, onde vive até casar com Francisco Sousa Tavares, altura em que se muda definitivamente para Lisboa. Tem cinco filhos
1944 – Publica o primeiro livro, Poesia, uma edição de autor de 300 exemplares, paga pelo pai, que sairia em Coimbra por diligência de um amigo: Fernando Vale. Em 1975 seria reeditado pela Ática. Este livro é uma escolha, que integra alguns poemas escritos com 14 anos. E o início de um fulgurante percurso poético e não só. Publicaria também ficção, literatura para crianças e traduziu, nomeadamente, Dante e Shakespeare
1947 – O Dia do Mar, Ática
1950 – Coral, Livraria Simões Lopes
1954 – No Tempo Dividido, Guimarães
1956 – O Rapaz de Bronze (literatura infantil), Minotauro
1958 – Mar Novo, Guimarães; A Menina do Mar (infantil), Figueirinhas; A Fada Oriana (infantil), Figueirinhas. Escreve um ensaio sobre Cecília Meireles na «Cidade Nova»
1960 – Noite de Natal (infantil), Ática. Publica o ensaio Poesia e Realidade, na «Colóquio 8»
1961 – O Cristo Cigano, Minotauro
1962 – Livro Sexto, Salamandra, distinguido com o Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, em 1964; Contos Exemplares (ficção), Figueirinhas
1964 – O Cavaleiro da Dinamarca (infantil), Figueirinhas
1967 – Geografia, Ática
1968 – A Floresta (infantil), Figueirinhas; Antologia, Portugália, cuja 5ª edição (1985 – Figueirinhas) é prefaciada por Eduardo Lourenço
1970 – Grades, D. Quixote
1972 – Dual, Moraes
1975 – Publica o ensaio O Nu na Antiguidade Clássica, integrado em O Nu e a Arte, uma edição dos Estúdios Cor. Deputada pelo Partido Socialista à Assembleia Constituinte. A sua actividade político-partidária, não foi longa, mas ao longo da sua vida sempre foi uma lutadora empenhada pelas causas da liberdade e justiça. Antes do 25 de Abril, pertence mesmo à Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos
1977 – O Nome das Coisas, Moraes, distinguido com o Prémio Teixeira de Pascoaes
1983 – Navegações (IN-CM), recebe o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação de Críticos Literários
1984 – Histórias da Terra e do Mar (ficção), Salamandra
1985 – Árvore (infantil), Figueirinhas
1989 – Ilhas, Texto, distinguido com os Prémios D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus e Inasset-INAPA (1990)
1990 – Reúne toda a sua obra em três Volumes, Obra Poética, com a chancela da Editorial Caminho; é distinguida com o Grande Prémio de Poesia Pen Clube
1992 – Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças
1994 – Musa, Caminho. Recebe Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores. Publica Signo, um livro/disco com poemas lidos por Luís Miguel Sintra, uma edição Presença/Casa Fernando Pessoa
1995 – Placa de Honra do Prémio Petrarca, atribuída em Itália

Tornado de Tomar

42  pessoas, entre elas 19 crianças, ficaram feridas na sequência de um tornado que atingiu domingo (5/12), por volta das 14h30, os concelhos de Tomar, Sertã e Ferreira do Zêzere.
O tornado terá durado cerca de 15 minutos, ter-se-á iniciado a 2 km da cidade de Tomar e atravessado 12 km do concelho. Além do desabamento do telhado de um jardim-de-infância, os ventos fortes terão provocado estragos numa centena de casas e algumas viaturas e terão levado à queda de algumas árvores que destruíram as vias.
Algumas zonas ainda estão sem electricidade, devido a uma sub-estação da EDP (Venda Nova) ter sido atingida pelos ventos fortes. As comunicações telefónicas, fixas e móveis, também sofreram perturbações depois da passagem do tornado, mas já estão a funcionar normalmente.